Na noite desta quinta-feira (13/6), manifestantes foram às ruas de diversas partes do país em protesto contra o avanço, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que equipara aborto a homicídio.
O projeto, aprovado em regime de urgência pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na quarta-feira (12/6), foi criticado pelos manifestantes, em sua maioria mulheres.
Os atos estão acontecendo em São Paulo, na Avenida Paulista, Rio de Janeiro, Brasília, Florianópolis e Manaus.
Para sexta-feira (14/6), também estão confirmados atos em Porto Alegre e Recife.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, participantes bloquearam todas as faixas no sentido Consolação às 18h45, e direcionaram seus gritos de guerra a Lira.
A urgência na tramitação do projeto, que permite sua votação diretamente no plenário sem passar por comissões, aumentou a indignação dos manifestantes.
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Agora, o PL 1904/2024 será votado no plenário da Casa legislativa, sem passar antes pelas comissões pertinentes. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou a matéria sem aviso e sem anunciar o número do projeto.
O projeto de lei acrescenta artigos ao Código Penal para equiparar as penas previstas para homicídio simples àquelas para abortos realizados após 22 semanas de gestação, mesmo nos casos em que a prática é prevista legalmente. O texto também proíbe o aborto mesmo em casos de gravidez decorrentes de estupro, se houver viabilidade fetal.
Veja os vídeos:
SENSACIONAL! Mulheres na Avenida Paulista contra O PL DO ESTUPRADOR.#PLdoEstupradorNão #CriancaNãoÉMãe pic.twitter.com/x23rEcpqQR
— Lázaro Rosa 🇧🇷 (@lazarorosa25) June 13, 2024
Criança não é mãe e estuprador não é pai. Vamos enterrar esse projeto na base da pressão popular! pic.twitter.com/ESDJR2HihZ
— Guilherme Cortez (@cortezpsol) June 13, 2024