29.3 C
Manaus

DISQUE DENÚNCIA

Ouça a Rádio 92,3

Assista a TV 8.2

MS estima prazo que vacina contra dengue estará disponível no SUS

Publicado em:

- Anúncio -

Em 2023, já foram registrados mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil, com 596 mortes confirmadas e 428 em investigação. As regiões mais afetadas são Centro-Oeste e Sudeste. Os dados foram apresentados por Daniel Ramos, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, em debate na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 6.

Ele destacou que em 1995 apenas 31,4% dos municípios estavam infestados pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chicungunya e da zika; em 2021, a infestação atingia 89,9% dos municípios.

Leia mais:

Dengue: mais de 14 mil casos e 5 mortes foram registradas no AM

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou vacina contra a dengue em março, mas o representante do Ministério da Saúde explicou que ainda levará um tempo para ela estar disponível para a população:

“A gente aguarda o posicionamento oficial da OMS [Organização Mundial da Saúde], que deve sair em setembro.”

A previsão de incorporação desta vacina no SUS, segundo Daniel Ramos, é de aproximadamente um ano e meio.

“Por conta dos trâmites de importação de um lote inicial, mas também de trazer essa tecnologia para Bio-manguinhos e a Fiocruz poderem produzir no Brasil”, detalha o coordenador.

Emergência de saúde pública

Em março deste ano, o ministério acionou o chamado comitê de operações de emergências para apoiar estados e municípios para lidar com a dengue. Foi declarada emergência de saúde pública em 82 municípios, sendo que 42 municípios concentram 60% dos casos – onde a atuação do ministério está também concentrada.

As ações do comitê incluem a elaboração de informes, de notas técnicas e informativas, apoio local, ações de capacitação e distribuição de sorologias e inseticistas. Foi lançada ainda uma campanha nacional contra a dengue e outras doenças transmitidas por insetos, as chamadas arboviroses.

Daniel Ramos chamou a atenção ainda para o problema da insegurança hídrica e falta de saneamento, já que reservatórios para armazenar água viram criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Articulação intersetorial

Alessandro Chagas, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, lamentou a falta de articulação intersetorial para combater a dengue. Segundo ele, apenas ações na área de saúde não bastam.

“Tem dois pontos primordiais: rever o número de agentes de combate à endemia passíveis de receber assistência financeira complementar da União e rever o quantitativo de agentes de combate à endemia”, disse. Segundo ele, esses números não são revistos há mais de dez anos.

Chagas defendeu ainda a incorporação novas tecnologias no combate à dengue, como o uso da bactéria Wolbachia para impedir que o mosquito Aedes aegypti transmita a dengue – iniciativa conduzida no País pela Fiocruz.

O deputado Pedro Westphalen (PP-RS), que pediu a audiência, defendeu ações multisetoriais para lidar com o problema – incluindo prevenção, diagnóstico precoce, tratamento adequado e vacinação. Já o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) pediu mais suporte do Ministério da Saúde para auxiliar os municípios a lidar com o problema. Segundo ele, só em Londrina (PR), já ocorreram 18 mil casos neste ano.

Deixe seu comentário
- Anúncio -
Águas de Manaus  - Campanha Zera Dívida
Tribunal de Contas do Estado do Amazonas
Siga-nos no Threads
UEA - Universidade Estadual do Amazonas  - Informativo
Youtube - Rede Onda Digital

| Compartilhar

Jornalismo
Jornalismo
Equipe de jornalismo do portal Rede Onda Digital.

Mantenha-se conectado

Youtube - Rede Onda Digital

Mais lidas

- Anúncio -
Entrar no grupo de Whatsapp - Rede Onda Digital
Siga-nos no Threads
TV Onda Digital
Youtube - Rede Onda Digital
Instagram Rede Onda Digital
- Anúncio -