O Ministério da Saúde registrou 363 mortes de indígenas da etnia Yanomami na sua terra indígena em Roraima, ao longo de 2023, primeiro ano do governo Lula (PT). A informação foi disponibilizada por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O número é maior do que o registrado em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL). Naquele ano foram contabilizadas 343 mortes – houve então um aumento de 5,8% de um ano para o outro.
Porém, profissionais de saúde não realizam a comparação entre os períodos, alegando subnotificação no governo passado.
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O presidente Lula declarou emergência em saúde pública na terra Yanomami em 20 de janeiro de 2023. Com a decisão, milhares de profissionais da saúde e da segurança pública foram deslocados para atender os indígenas da região. Porém, o conflito na terra indígena persiste, por causa da ação de garimpeiros ilegais que continuam invadindo e contaminando territórios protegidos.
Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 26.466 casos de malária na terra indígena Yanomami no ano passado. Ainda de acordo com a pasta, a ocorrência da doença foi detectada principalmente em crianças menores de 9 anos. Além disso, os indígenas ainda sofrem com desnutrição, doença diarreica aguda e pneumonia.
*Com informações de Metrópoles