O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na tarde desta quinta a saída do ex-ministro Anderson Torres da prisão. Ele está preso desde 14 de janeiro, por suposta omissão e conivência com os atos de vandalismo de 8 de janeiro em Brasília.
Moraes determinou as seguintes medidas cautelares para a soltura de Torres:
- uso de tornozeleira eletrônica;
- proibição de deixar o Distrito Federal e de sair de casa à noite e nos fins de semana;
- afastamento temporário do cargo de delegado de Polícia Federal;
- comparecimento semanal na Justiça;
- entrega do passaporte à Justiça e cancelamentos de todos os passaportes já emitidos para Torres ;
- suspensão de porte de armas de fogo, inclusive funcionais;
- proibição de uso de redes sociais; e
- proibição de comunicação com os demais investigados no caso.
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Na casa de Torres, a PF apreendeu em 12 de janeiro uma minuta, esboço de documento, de teor golpista visando reverter o resultado da eleição presidencial.
Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, também é investigado em inquérito sobre operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições, em estados do Nordeste do país. O inquérito visa determinar se as operações dificultaram o acesso dos eleitores às urnas, em estados e cidades onde o presidente Lula teria maioria das intenções de votos.
O ex-ministro, supostamente, teria tido comportamento depressivo na prisão, e apresentado até pensamentos suicidas, segundo sua defesa.