O Ministério Público do Paraná denunciou hoje o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho por homicídio qualificado por motivo fútil. Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, matou o guarda e tesoureiro do PT Marcelo Arruda no último dia 9, enquanto este comemorava seu aniversário em festa temática do partido com foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Diferente do inquérito realizado pela Polícia Civil do Paraná, que não viu motivação política no crime, a decisão do MP narra o contexto da discussão política do assassinato e viu como motivação fútil “preferências político-partidárias antagônicas”.
O promotor de Justiça Tiago Mendonça disse:
“Nós entendemos que, em razão desse antagonismo de preferência político-partidária, o crime foi praticado por motivo fútil”.
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Na noite de ontem, Guaranho saiu da UTI e foi transferido para enfermaria do Hospital Ministro Costa Cavalcanti. Ele está consciente. Ao abrir fogo contra Arruda na noite do crime, o guarda revidou e atingiu Guaranho no rosto, ocasionando traumatismo craniano.
Agora, o MP-PR aguarda a conclusão de cinco laudos do Instituto de Criminalística para emitir a denúncia. São eles:
- laudo de exame de confronto balístico
- laudo de exame de análise de gravador de vídeo
- laudo de exame de extração de análise do aparelho celular do investigado Guaranho
- laudo de exame de veículo automotor
- laudo de exame do local de morte
O prazo para conclusão desses laudos é de dez dias.