As investigações a respeito dos assassinatos de três médicos na madrugada desta quinta, 5, num quiosque no Rio de Janeiro, parecem se centrar na hipótese de um crime cometido por engano. Os médicos foram assassinados por 2 homens armados que saíram de um carro e abriram fogo contra o local – veja o vídeo aqui.
Embora a Polícia Civil do RJ não descarte outras hipóteses, a principal linha de investigação para o crime é de que o médico Perseu Ribeiro de Almeida, uma das vítimas, teria sido confundido por traficantes que pretendiam matar o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras. O miliciano mora próximo ao quiosque onde ocorreu o crime e foi solto da cadeia neste ano.
Os dois homens apresentam grande semelhança física.
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Entre os médicos executados no RJ está um irmão da deputada Sâmia Bomfim
Desde o fim do ano passado, a zona Oeste da capital carioca – onde se situa a Barra da Tijuca – é palco de uma guerra entre facções de traficantes de drogas e milicianos.
Perseu tinha 33 anos. As outras vítimas do tiroteio foram Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bonfim, 35. Diego era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-RJ). Na rede social X, ex-Twitter, ela postou a seguinte nota:
Eu e minha família agradecemos por todas as mensagens de solidariedade. Expresso também nossas condolências aos familiares de Marcos e Perseu. Meu irmão era um homem incrível, carinhoso, alegre, nosso orgulho. Que haja celeridade e seriedade na investigação. Estamos destroçados!
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) October 5, 2023
As investigações continuam, mas fontes ligadas à apuração do caso apontam que, após terem sido avisados de que o alvo real estaria no quiosque, os mandantes acionaram um grupo de executores que foi, apressado, até o local. Os criminosos teriam então matado as pessoas erradas.
Segundo testemunhas, um dos criminosos estava de bermuda, indício de que a ação dos bandidos teria sido apressada e fora do padrão de outras ações observadas no RJ. Grupos de extermínio geralmente usam roupas que são de estilo militar e protegem todo o corpo, também para evitar identificação.