O secretário especial da Cultura, Mário Frias, não vai acompanhar a comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PL) na viagem à Rússia que se inicia hoje, por determinação do próprio presidente. Bolsonaro manteve a agenda e viaja à Moscou hoje, apesar da tensão entre o governo de Vladimir Putin e os Estados Unidos e a ONU em vista da provável invasão à Ucrânia. A comitiva do presidente foi reduzida em virtude de precaução contra Covid, e Frias, que estava previsto para ir já que a secretaria de Cultura é vinculada ao Ministério do Turismo, não vai mais.
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Frias se envolveu em recente polêmica quando foi divulgado no Portal da Transparência que ele fez uma viagem em dezembro a Nova York, EUA, para tratar de um projeto audiovisual com o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie, uma viagem que custou aos cofres públicos R$ 39 mil. No fim de semana, Frias até realizou live em suas redes sociais na qual se defendeu.
Depois que a ida de Frias à Rússia foi cancelada, o escritor Paulo Coelho comemorou, escrevendo ontem no Twitter: “Finalmente uma boa decisão de Jair Bolsonaro: limar os palermas Mario Frias e André Porciúncula – que prometem e não mostram os recibos da mamata da viagem aos EUA – de continuar o turismo tosco”. Porciúncula é o secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura e braço direito de Frias, que saiu em defesa do chefe e respondeu: “Maconheiro, palerma é você. A viagem foi remarcada devido as tensões na região, mas ainda iremos, temos acordos culturais internacionais para celebrar com a Rússia e Hungria”.
A viagem do secretário Mário Frias virou alvo de investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.
Via Correio Braziliense.
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