O lixo gerado pela cheia que atingiu o Rio Grande do Sul já soma 47 milhões de toneladas de resíduos, diz uma pesquisa feita pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ONU), e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
Segundo o estudo, essa quantidade de lixo e entulho supera o que foi gerado durante os meses da guerra na Faixa de Gaza.
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Atualmente, o maior desafio em muitas cidades gaúchas é retirar o lixo das ruas. Em Porto Alegre, são 800 garis trabalhando diariamente para recolher o lixo. Já na cidade de Canoas, onde 70 mil residências foram afetadas, 120 caminhões e 40 retroescavadeiras estão trabalhando diariamente na remoção do entulho, num processo que deve demorar bastante tempo.
Segundo a prefeitura de Canoas, em média, o que sai de uma única casa enche um caminhão. Até agora, foram quase 4 mil viagens para uma área que serve como ponto de transferência para um aterro em Gravataí, a 30 quilômetros de distância.
Outra situação crítica é no município de Lajeado: Um aterro municipal recebe cerca de 250 caminhões por dia da própria cidade, de Cruzeiro do Sul e de Santa Clara. O local tinha sido uma antiga mina de saibro e começou a operar no dia 6 de maio, quando as águas ainda não tinham baixado completamente.
Em todo o estado gaúcho, foram criados 46 pontos de descarte. São aterros próximos aos locais com detritos e que ajudam na velocidade da limpeza e na diminuição dos custos da operação. A administração estadual está planejando alternativas de reaproveitamento do lixo.
*Com informações de Metrópoles e NSC Total