O laudo de confronto balístico do Instituto de Criminalística do Paraná sobre o tiroteio de Foz de Iguaçu ocorrido no sábado, dia 9, no qual o policial bolsonarista Jorge Guaranho matou o guarda e tesoureiro petista Marcelo Arruda, foi divulgado hoje, 26. De acordo com o laudo, Guaranho disparou ao menos três tiros na cena do crime, enquanto Arruda disparou treze vezes contra o bolsonarista.
Arruda comemorava festa de aniversário de 50 anos com foto do ex-presidente Lula e temática do PT, quando Guaranho invadiu o local e trocou tiros com o petista. Arruda acabou morto e Guaranho foi atingido no rosto, tendo sofrido traumatismo craniano. Há uma semana, ele teve alta da UTI, mas segue internado.
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O laudo foi anexado ao processo que tramita na 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. Foi revelado também que exame do local descarta que o carro de Guaranho tenha sido atingido por uma pedrada arremessada por um dos participantes da festa, informação que consta da versão do ocorrido pela esposa do réu.
Guaranho foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná na quarta-feira (20) por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum, com pena que pode variar de 12 a 30 anos de prisão. Diferente do inquérito da Polícia Civil, que não viu motivação política no crime, o MP aponta sim que o assassinato foi cometido por motivo político. O promotor Tiago Lisboa informou que espera alta de Guaranho para que ele seja interrogado. O réu tem dez dias, contados desde quinta dia 21, para apresentar defesa.
