Um soldado das Forças de Defesa de Israel deixou o Brasil neste domingo (5/01) depois que a Justiça determinou que a Polícia Federal o investigue por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. A investigação será conduzida pela Polícia Federal, com pedidos de diligências do Ministério Público Federal (MPF).
O soldado de 21 anos é da reserva israelense e estava de férias na Bahia, mas havia lutado em Gaza.
A Federação Árabe Palestina no Brasil explicou que o soldado Yuval Vagdani “estava a turismo na Bahia e a sua última localização conhecida é o Morro de São Paulo, naquele estado”.
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O caso levou as autoridades israelenses a emitir um alerta a todos os soldados, indicando que eles poderiam ser processados no exterior, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O pedido inicial de investigação foi feito por meio de uma notícia-crime formulada pelos advogados Maira Machado Frota Pinheiro e Caio Patrício de Almeida, que alegaram que Yuval Vagdani, cidadão israelense e possível “criminoso de guerra”, encontra-se em território nacional e que, por isso, o Estado brasileiro, como signatário de tratados internacionais, como a Convenção de Genebra e o Estatuto de Roma, tem o dever de reprimir tais crimes, mesmo que tenham sido cometidos fora do território nacional.
A determinação é da juíza federal Raquel Soares Charelli, datada de 30 de dezembro de 2024, com despachos em 3 de janeiro para envio de material à PF.
O caso foi repassado ao Distrito Federal por questões legais. A juíza plantonista da comarca de Salvador, após parecer do MPF, enviou o caso para Brasília com fundamento no art. 88 do Código de Processo Penal. O artigo estabelece que, para crimes cometidos fora do território brasileiro, a competência é da capital do estado onde o acusado residiu por último.
Veja foto do soldado Yuval Vagdani: