No final da tarde de ontem, 25, o jornalista Augusto Nunes informou pelas redes sociais que ficará afastado do programa da Jovem Pan “Pingos nos Is” até o fim do segundo turno da eleição presidencial. Além dele, os comentaristas políticos Ana Paula Henkel e Guilherme Fiuza também não ficarão no programa essa semana.
O motivo alegado por Nunes e os demais é o fato de terem descumprido determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sobre declarações a respeito do candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nunes repetiu os termos “ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores” após o TSE ter dito que não censurou o canal pelos termos usados contra o ex-presidente. Veja a postagem dele:
Autorizado pelo vídeo em que o TSE negou a existência de censura da Jovem Pan, reafirmei no programa de ontem 4 expressões proibidas: ladrão, ex-presidiário, descondenado e amigo de ditadores.
— Augusto Nunes (@augustosnunes) October 25, 2022
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Sem apresentar provas, Nunes culpa a “punição” por uma possível pressão do órgão máximo da Justiça Eleitoral e de Lula.
A coligação de Lula pediu ao TSE que a Jovem Pan fosse obrigada a dar direitos de resposta sobre a situação judicial do petista. Nos comentários, exibidos em programas de 29 a 31 de agosto, os jornalistas afirmaram que o petista não foi inocentado, e sim “descondenado” pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Na semana passada, o TSE concedeu os direitos de resposta e também determinou que a emissora e seus comentaristas “se abstenham de promover novas inserções e manifestações sobre os fatos tratados nas representações”, ou seja, a situação dos processos de Lula.
A decisão do STF é considerada polêmica, com especialistas em Direito Constitucional e empresas e órgãos de imprensa entendendo que ela viola liberdades de expressão e de imprensa.