Nesta sexta, 1/12, o Governo Federal reconheceu a situação em Maceió: O ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, fez o reconhecimento sumário da situação de emergência em Maceió em decorrência da crise envolvendo o colapso iminente da mina 18 da Braskem. A medida possibilitará ao governo liberar recursos para auxiliar o município.
Góes participou, neste início de tarde, de uma reunião do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil sobre Maceió.
A situação ficou crítica de ontem para hoje na capital alagoana, com moradores de pelo menos cinco bairros sendo evacuados de suas casas devido ao colapso iminente da mina de sal-gema da companhia Braskem. Segundo técnicos do município, o afundamento do solo nesses bairros é iminente, podendo deixar uma cratera com 300 metros de diâmetro, o tamanho do estádio do Maracanã.
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O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), falou hoje sobre o afundamento dos bairros: ele chamou a situação de “a maior tragédia urbana no mundo, em curso”.
Caldas falou à imprensa que equipamentos modernos estão sendo utilizados para calcular o afundamento do solo, para qual direção está se movimentando e qual a intensidade desse movimento. Cerca de 350 profissionais de órgãos públicos estão mobilizados nas ações de monitoramento.
Nas últimas 48 horas foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo. Na manhã de hoje (1º), o afundamento registrado era de 5 centímetros por hora, mas essa medida pode variar no decorrer do dia. A Defesa Civil do município diz que o afundamento atual é de 2,6 centímetros por hora. Espera-se que o desabamento aconteça a qualquer momento.
As minas da Braskem em Maceió são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração na região. Essas cavernas estavam sendo fechadas desde 2019, quando o Serviço Geológico do Brasil (SGB) confirmou que a atividade realizada havia provocado o fenômeno de afundamento do solo na região, o que obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana. No ano anterior, um terremoto foi registrado na área, que iniciou a mobilização do município para retirar as pessoas dos locais afetados.
Em julho deste ano, a prefeitura da cidade fechou um acordo com a Braskem assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão em razão do afundamento dos bairros.
*Com informações da CNN Brasil.