As companhias aéreas Azul e Gol assinaram na quarta-feira (15/1) um memorando de entendimento para iniciar as negociações para uma fusão. Caso a união se concretize, a nova empresa concentrará 60% do mercado aéreo no país.
Em comunicado a investidores, a Gol informou que o acordo representa a fase inicial de um processo de negociação que visa “explorar a viabilidade de uma possível transação”. Se o negócio for adiante, as duas companhias devem manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente.
Pelo memorando, divulgado ao mercado financeiro na noite dessa quarta, a fusão depende do fim da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevista para abril. A nova empresa terá três conselheiros da Abra, holding que controla a Gol e a Avianca, três da Azul e três independentes.
O presidente do conselho da futura companhia será indicado pela Abra e o diretor-executivo será indicado pela Azul. Dessa forma, o CEO da Azul, John Rodgerson, assumirá a presidência do novo grupo após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovarem a fusão, o que está previsto para 2026.
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Como será a operação das duas companhias, em caso de fusão?
As marcas Gol e Azul continuarão a existir de forma independente, mas as duas aéreas poderão compartilhar aeronaves, com uma companhia fazendo voos da outra.
Assim, ambas poderão aumentar a ligação entre grandes cidades e destinos regionais.
Nenhuma das duas companhias fará novos investimentos financeiros para a fusão, que envolverá somente ativos já disponíveis.
A Azul também continuará a comprar aviões da Embraer e a buscar sinergias em voos internacionais.
Ações disparam
As ações da Azul e da Gol operavam em forte alta nesta quinta-feira (16), após a notícia da possível fusão. As ações da Azul disparavam mais de 4% e as da Gol subiam cerca de 6%.
*Com informações de Metrópoles e G1.