As buscas pelos dois fugitivos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró completam um mês nesta quinta (14/3). A fuga expõe as dificuldades enfrentadas pelas forças de segurança do governa na recaptura dos criminosos.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, ambos com ligações com o Comando Vermelho (CV), escaparam pelo teto da penitenciária. Desde então, fizeram uma família como refém, foram avistados em diversas comunidades e receberam ajuda para continuar a fuga.
A rede de apoio a eles, fora do presídio, estaria sendo bancada pelo CV.
Desde o início das buscas, sete pessoas já foram presas nos estados do Rio Grande do Norte e do Ceará, por suspeita de ajudarem os bandidos na fuga.
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A última vez em que os fugitivos foram vistos foi em 3 de março, quando invadiram um galpão e chegaram a agredir um agricultor que estava dormindo no local.
Alguns fatores teriam prejudicado as operações da força-tarefa em busca pelos criminosos: Pessoas que trabalharam nesse período indicaram que houve vaidades e disputas entre as forças de segurança, sobre qual pegaria os fugitivos.
Nos primeiros dias das buscas também houve problemas técnicos: um drone que rastreava um ponto de calor na zona rural teria descarregado durante a operação; e dificuldades de comunicação entre as polícias, que usavam a mesma frequência, também atrapalharam. A presença de cavernas e chuvas constantes na região ainda se somaram às dificuldades.
Apesar de percalços, o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski visitou a região na quarta, 13, e chamou a operação de exitosa, uma vez que os rastros apontam que os fugitivos continuam na região, no perímetro até Baraúna. O ministro disse que as operações de busca não têm data para acabar.
*Com informações de Folha de S. Paulo