As Forças Armadas foram autorizadas pelo Ministério da Defesa a prestar apoio logístico na Terra Indígena Yanomami, que recentemente voltou a entrar em crise devido à invasão de garimpeiros e à falta de assistência aos indígenas. Marinha, Aeronáutica e Exército deverão entregar 15 mil cestas de alimentos, até 31 de março de 2024.
As diretrizes para a Operação Catrimani foram publicadas nesta quinta-feira (18/01), no Diário Oficial da União.
Leia mais:
Ministra admite que crise yanomami não será resolvida tão cedo
Lula reúne ministros para tratar de crise yanomami: “terras têm dono”
Além da atuação da Marinha, Aeronáutica e do Exército, as diretrizes definem ações que deverão ser mantidas pelo chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, ao secretário-geral e ao consultor jurídico do Ministério da Defesa. As determinações definem desde a disponibilização de recursos operacionais e logísticos, passando pela comunicação dos custos das ações realizadas, até o acompanhamento jurídico em apoio à operação.
A ação faz parte de medidas emergenciais para conter a crise humanitária na terra Yanomami, que perdura desde janeiro de 2023.
Recentemente, o governo federal anunciou, no último dia 9/01, investimento de R$1,2 bilhão em medidas estruturantes de apoio e segurança no território indígena. O presidente Lula, no entanto, reconheceu que os esforços do governo no último ano foram insuficientes para reverter a situação de crise entre os Yanomami, e afirmou que será necessário mais empenho para combater o crime na região amazônica. Ele disse:
“Vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter. Porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para o garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisa contra o que a lei determina”.
*Com informações de Agência Brasil.