O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (25/7) duas mortes por febre oropouche no país. Até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença, informou a pasta, em nota.
As mortes são de mulheres que viviam no interior da Bahia. Elas tinha menos de 30 anos de idade, sem comorbidades, e apresentaram sinais e sintomas semelhantes ao de dengue grave.
O ministério investiga uma morte em Santa Catarina e se quatro casos de interrupção de gestação e dois de microcefalia em bebês têm relação com a doença (Pernambuco, Bahia e Acre). Foi descartado relação da febre com uma morte no Maranhão.
No último dia (11/7), o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica a todos os estados e municípios recomendando o reforço da vigilância em saúde sobre a possibilidade de transmissão vertical do vírus.
Febre Oropouche
A febre Oropouche, causada pelo vírus Orov, é transmitida principalmente pela picada do mosquito conhecido como maruim (Culicoides paraensis), assim como por espécies do mosquito Culex. No Brasil, o vírus foi isolado pela primeira vez em 1960.
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Segundo o Ministério da Saúde, a febre Oropouche pode ser confundida com a dengue. A doença se manifesta com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas incluem tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
Os sintomas geralmente duram de dois a sete dias, mas até 60% dos pacientes podem apresentar recorrência dos sintomas uma a duas semanas após as manifestações iniciais. Apesar disso, a maioria das pessoas tem uma evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
Atualmente, não há um tratamento específico para a febre Oropouche.
*Com informações do G1