Nesta quinta (26), o Comando Militar do Sudeste pediu a prisão preventiva de seis militares suspeitos de envolvimento no furto das 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri (SP). Além disso, outros 17 militares sofrerão “punição disciplinar” por “falha de conduta” na fiscalização do armamento.
As armas foram furtadas no feriado de 7 de setembro, direto de dentro do arsenal. Dentre elas, 13 metralhadoras eram de calibre .50, capazes de derrubar aeronaves. Até o momento, 17 metralhadoras foram recuperadas – oito no Rio de Janeiro e nove no interior de São Paulo.
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Os seis militares envolvidos, e que tiveram suas prisões preventivas decretadas, já tiveram os sigilos bancário e telefônico quebrados pela Justiça Militar. Eles podem pegar até 27 anos de prisão.
Já os 17 militares que foram presos administrativamente estavam no grupo de 20 alvos de apuração disciplinar por negligência no controle do armamento. Eles ficarão presos no quartel de 1 a 20 dias.
Segundo as investigações, um cabo que era motorista do ex-diretor do Arsenal de Guerra teria usado o carro oficial de um tenente-coronel para levar as armas para fora do quartel. Elas seriam negociadas com facções criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Recentemente, as investigações revelaram que o Comando Vermelho recusou as metralhadoras, por estarem “velhas”.
Ninguém de fora do quartel foi preso até o momento. As polícias Civil e Militar ainda buscam as quatro armas restantes.