Análises iniciais indicaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e dos dois sobreviventes que comeram um bolo em uma confraternização familiar em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pelo delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz as investigações, nesta sexta (27/12).
Arsênio é uma substância extremamente tóxica e pode levar à morte.
Foram examinados o sangue de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, que preparou o bolo, e do sobrinho-neto dela, uma criança de 10 anos. A perícia também foi realizada no sangue de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu.
Segundo o delegado, a maior concentração do veneno foi encontrada no sangue da mulher que fez o bolo. A polícia apura as hipóteses de envenenamento ou intoxicação alimentar.
Os dois sobreviventes permanecem hospitalizados e estão “clinicamente estáveis”, conforme boletim médico divulgado na manhã de sexta.
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Entenda o caso
De acordo com a Polícia Civil, na última segunda-feira (23), sete pessoas da mesma família estavam reunidas durante um café da tarde, quando seis delas começaram a passar mal. A mulher que preparou o alimento, em Arroio do Sal e levou para Torres, é uma das internadas.
Três pessoas morreram: As vítimas foram identificadas como Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43, e Neusa Denise da Silva dos Anjos, de 65.
Segundo o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes de Torres, Maida e Tatiana tiveram parada cardiorrespiratória. Neusa teve como causa da morte “choque pós intoxicação alimentar”. O resultado final dos laudos de necrópsia devem ser divulgados na próxima semana.
A polícia também investiga outra situação relacionada: O ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro por intoxicação alimentar. Na época, a morte foi dada como natural e não foi investigada. Porém, agora as autoridades pediram a exumação do corpo.
O delegado Veloso disse:
“Como tivemos ciência hoje desse fato, instauramos um inquérito policial e vamos exumar o corpo deste senhor para verificar se houve envenenamento também”.
Com informações de Metrópoles / NSC Total.