O ex-namorado de Isabelly Aparecida Ferreira Moro, a jovem de 23 anos que foi atacada com soda cáustica em maio no município de Jacarezinho, no Paraná, foi o mandante do crime. A informação consta na denúncia oferecida pelo MPPR (Ministério Público do Paraná), divulgada nesta quarta-feira (3/07).
O homem, de 28 anos, que não teve o nome divulgado, foi incluído como réu no processo. Ele já se encontra preso por outro crime.
As provas contra ele foram obtidas após análise de mensagens no celular da autora do crime, Débora Custódio. Áudios armazenados no celular demonstram que ele foi o mentor intelectual do ataque a Isabelly.
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O denunciado já tem condenações por crimes anteriores, estando preso preventivamente desde 23 de fevereiro de 2024 por roubo majorado por concurso de pessoas e emprego de arma branca, pelo qual foi condenado recentemente em primeiro grau.
Segundo as mensagens trocadas, mesmo preso ele apoiou e convenceu Débora a ir em frente com o ataque a Isabelly.
A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado e instaurou novo inquérito policial para apuração de sua conduta. Foi imputado a ele o crime de tentativa de homicídio.
Em junho, o Ministério Público do Paraná já tinha denunciado Débora pelo crime, o qual ela confessou.
Relembre o caso
Em 22 de maio, Isabelly estava indo para a academia durante o intervalo do trabalho quando foi atacada na rua, por uma suspeita disfarçada que lhe jogou a substância no rosto e tórax. A princípio noticiada como ácido, a substância usada foi, na verdade, soda cáustica. Trata-se de uma substância altamente corrosiva e tóxica utilizada em produtos de limpeza doméstica. Se ingerida, pode causar danos severos ao sistema digestivo e, em casos extremos, até à morte.
Veja o vídeo de Isabelly logo após ser atacada:
📌Jovem é atingida por ácido quando retornava da academia, no Paraná
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— Rede Onda Digital (@redeondadigital) May 23, 2024
Um dia após o crime, familiares de Débora prestaram queixa sobre o desaparecimento dela. “Relataram que ela tinha desaparecido, não retornava para casa desde o dia dos fatos, que não era comum, porque ela era muito zelosa com os filhos”, explicou a delegada Caroline Fernandes. Uma busca na casa da suspeita encontrou a peruca e as roupas usadas no dia do crime.
A Polícia Militar disse que ela foi encontrada num matagal, onde estava desde o dia do crime. Ela pediu socorro no pátio de um hotel do município e apresentou uma história incoerente, contando aos militares que era perseguida por homens.
Isabelly recebeu alta em 10 de junho. A maioria das queimaduras provocadas pela soda cáustica se situou no céu da boca da jovem. Ela não ficou com danos visíveis no rosto, e passou 17 dias internada.
*com informações do UOL.