Antônio Carlos dos Santos Filho, um enfermeiro de 36 anos, foi preso em flagrante suspeito de furtar uma corrente de ouro de um paciente em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no domingo (12/1).
Segundo a polícia, a vítima foi um homem de 54 anos, que havia dado entrada no Hospital Irmã Dulce no sábado (11/1), vítima de um acidente de moto desacordado.
No pronto-socorro, o enfermeiro e uma funcionária entregaram ao irmão da vítima um relógio e um pingente, sem a corrente de ouro, objeto dado á vítima pela mãe, avaliado em R$ 5 mil.
Os parentes, quando chegaram na delegacia para retirar o celular e a moto da vítima, o outro condutor envolvido no acidente disse que viu o homem entrar na ambulância com a jóia.
Corrente de ouro vendida para motorista
Na manhã do domingo (12/1), a companheira do homem foi tomar café em uma padaria próxima ao hospital e ouviu um dos funcionários comentar que uma corrente de ouro estava passando “de mão em mão”, e que tinham “ganhado na loteria”.
A companheira da vítima ligou para o enteado, filho do homem, que foi ao local e reconheceu o objeto do pai com um outro homem, motorista da ambulância e funcionário de uma empresa terceirizada do hospital.
Ao ser questionado sobre o objeto, o motorista disse que recebeu a jóia do enfermeiro, que afirmou ter a corrente há muito tempo e que teria perdido a nota fiscal do objeto.
Na delegacia, Antônio Carlos afirmou que comprou a corrente de uma pessoa em situação de rua, por R$ 70. Ao chegar na padaria, ofereceu o objeto por R$ 500 ao motorista da ambulância, que aceitou. Ele disse que pensou que a jóia não valia nada e negou que tenha tido contato com a família e com o paciente.
Antônio foi detido pela polícia, mas solto após pagar R$ 5 mil de fiança. A ocorrência foi registrada no 2º Distrito Policial de Praia Grande como receptação.
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Sobre o acidente
Um filho da vítima que preferiu não se identificar, disse que o pai sofreu traumatismo craniano e o estado de saúde é grave.
Defesa do enfermeiro
Em nota, a defesa de Antônio Carlos disse que o enfermeiro é inocente e criticou os julgamentos sofrido pelo enfermeiro. “Se torna prematuro e injusto com o averiguado, uma vez que ao longo do processo os fatos serão esclarecidos e eventualmente se houver algum culpado, este será responsabilizado”, diz a nota.
Maetê Becker, André Vostoupal e Pedro Grobman, advogados do enfermeiro, destacaram o histórico de serviços dele: atua na área há 15 anos, sendo 10, no hospital localizado no litoral paulista, sem qualquer histórico de problemas.
*com informações da CNN