O pedreiro Doriedson de Borba Martins, de 26 anos, encontrou um corpo estranho com larvas dentro de um molho de tomate, enquanto usava o produto no preparo de uma macarronada. O homem comprou o molho no dia (11/11), em um supermercado de Miracatu, no interior de São Paulo.
Doriedson só percebeu a presença do corpo estranho no dia (19/11). Na ocasião, ele estava preparando uma refeição para ele e para filha de 8 anos.
“Fui temperar mais um pouco de macarrão e, aí, caiu esse corpo estranho, que pensei que era uma pele de rato cheia de larvas em volta. A minha preocupação maior é que chegamos a consumir o produto”, disse.
Segundo Doriedson, ele e a filha de 8 anos estão com dor de barriga e enjoo após terem consumido o molho sem perceber a presença do corpo estranho. O pedreiro foi até o médico, onde realizou exame de sangue, mas nada foi detectado. No entanto, fará um novo exame nos próximos dias.
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A Fugini Alimentos, empresa responsável pelo produto, informou, em nota, que as características são de bolor, que pode surgir por danos causados na embalagem devido ao manuseio, transporte ou armazenamento incorretos.
Segundo a empresa, a produção, enchimento e fechamento das embalagens sachê de molho de tomate é totalmente automatizada. Por não conter conservantes e ser um produto natural, a entrada de ar pela danificação da embalagem pode causar a contaminação do produto e, consequentemente, o surgimento do bolor.
A Fugini também afirmou que está em contato com Doriedson para entender melhor o que aconteceu. Por fim, a empresa afirmou cumprir todas as obrigações para garantir a segurança dos consumidores de seus produtos.
Empresa suspensa
Em março de 2023, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a fabricação, comercialização, distribuição e uso de alimentos da Fugini produzidos em uma fábrica de Monte Alto (SP).
Na época, a Anvisa esclareceu que após inspeção sanitária na fábrica foram encontradas falhas de higiene, controle de qualidade e segurança das matérias-primas usadas pela empresa para fabricar seus produtos.
Na ocasião, a Fugini admitiu o uso de corante vencido na fabricação de maioneses. A suspensão imposta pela Anvisa foi revogada em abril.