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Em busca de resposta: família pede exumação do corpo de parente após sumiço de rim

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Família busca respostas sobre o sumiço de um dos rins de dona Emídia Nunes Chavante Oliveira, de 74 anos, que morreu no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), em 31 de março de 2024 após peregrinar pela rede pública de saúde em busca de atendimento. Depois da autópsia, a família ficou surpresa ao constatar o sumiço de um dos rins dela.  A idosa foi enterrada no cemitério de Taguatinga, no DF.

A exumação ocorreu na manhã desta terça-feira (25/6), e família da feirante torce pelo fim do caso que classifica como “um pesadelo”.

Além de denunciar o desaparecimento de um órgão da idosa, a família acredita que tenha havido negligência médica com a paciente.

Filha de Emídia, Gidália Nunes Oliveira, 48, acompanhou a exumação com o coração aflito. “Na verdade, estamos revivendo toda a dor, todo o sofrimento por que passamos e estamos passando. Na verdade, não conseguimos ainda enterrar nossa mãe”, lamentou.

Os parentes afirmaram, que não conseguiram ver o corpo da idosa no hospital. Além disso, houve resistência ao pedido de autópsia, e funcionários da Secretaria de Saúde teriam insinuado que a senhora morreu de Covid, o que impediria a análise.

A exumação será solução para desvendar o que de fato aconteceu com o rim de Emídia. No dia em que a feirante morreu no hospital, a família não teve como ver o corpo e alegou ter havido resistência ao pedido de autópsia.

O procedimento ficou por conta do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), que verificou a ausência de um dos rins de Emídia. No entanto, segundo a família, uma tomografia computadorizada feita no próprio HRT, enquanto a paciente estava internava, mencionou as seguintes características – além de imagem dos dois órgãos: “rins tópicos, de contornos, dimensões e atenuações habituais”.

“A gente nunca mais a gente vai vê-la. É muito difícil. Eu queria acreditar que isso tudo é um pesadelo, que eu acordaria e nada disso seria verdade. Mas esperamos que tudo isso se resolva e que ela tenha um descanso”, afirmou Gidália.


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Após a exumação – autorizada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) em 18 de junho, em atendimento a pedido da PCDF – o corpo da feirante foi levado do Cemitério de Taguatinga para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde será sujeitado a autópsia e o laudo ficará pronto em 30 dias.

Para o presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) em Samambaia e representante da família, o advogado Kenneth Chavante, falou que a exumação é um procedimento necessário.

“Qual crime houve, da falta de atenção médica ou vilipêndio [de cadáver], do furto do órgão? Com esse exame, provavelmente teremos uma resposta”, afirmou Kenneth. “A família está esperançosa para conseguir as respostas que a Secretaria de Saúde não deu. A pasta falou com órgãos de imprensa, mas, até hoje, não procurou a família. Esperamos repostas em respeito ao corpo e à memória de Emídia”.

A Polícia Civil do Distrito Federal que analisa as causas da morte da feirante, verificou o pedido de exumação, e o juiz Wagno Antonio de Souza afirmou que a medida seria necessário para “elucidação dos fatos”, devido à ausência de um laudo de necrópsia.

“A tomografia feita em 30 de março [deste ano] faz menção a ‘rins’, no plural, e sugere a existência dos dois órgãos, o que, inclusive, é corroborado por imagens. Todavia, o exame macroscópico detectou a ausência do rim esquerdo. Ante o exposto, determino a exumação do corpo de Emídia Oliveira, sepultada em 3 de abril [de 2024]”, decidiu o magistrado.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) afirmou que “a hipótese levantada é de que possa ter ocorrido uma atrofia do órgão devido a um processo infeccioso, comum em pacientes diabéticos com histórico de infecção do trato urinário, o que pode levar à diminuição de volume do rim”.

A pasta acrescentou ainda que “não houve sinais de extração do órgão, o que foi confirmado pela ausência de cicatrizes ou evidências cirúrgicas no período da internação, sendo o caso objeto de um inquérito policial que vai apurar o ocorrido”.

A SES-DF lembrou que “a captação de órgãos no Brasil, incluindo rins, só é permitida a partir de diagnóstico de morte encefálica, o que não foi o caso da senhora Emídia”. “A pasta destaca que tal captação é feita exclusivamente no Hospital de Base (HBDF) e no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICTDF) e, em momento algum, a paciente foi transferida para essas unidades”, completou a secretaria.

“A SES destaca que, devido ao quadro clínico da paciente, ela não seria elegível para doação e, por isso, não houve abordagem à família nem captação de órgãos ou tecidos”, finalizou a SES-DF.

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