Uma medida do Governo Federal deve reduzir o valor das contas de luz em 0,02%, e não 3,5%, como prometido em março deste ano. Além disso, segundo o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), os principais beneficiados não foram os consumidores, mas os bancos.
O Ministério de Minas e Energia esperava abater as contas em 3,5% ao antecipar verbas para as distribuidoras pagarem dois empréstimos tomados em anos anteriores, a Conta-Covid e a Conta Escassez Hídrica. Nos dois casos, os encargos foram repassados às contas de luz dos brasileiros. Sendo assim, o benefício esperado para os consumidores não deu certo.
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A Aneel se reuniu na manhã desta terça-feira (29/10) para debater a destinação de R$ 7,8 bilhões de recursos da Eletrobras para quitar empréstimos do setor elétrico, entre os quais o empréstimo emergencial feito em 2020 durante a Covid, para socorrer as distribuidoras de energia na pandemia, quando a inadimplência aumentou e o consumo reduziu. E conta de Escassez Hídrica, contraída em 2022 com o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o que exigiu a contratação de energia mais cara.
Nos dois casos, os encargos desses empréstimos vinham sendo repassados às contas de luz dos brasileiros.