A taxa média de desemprego no Brasil ficou em 7,7% no trimestre encerrado em setembro deste ano. A informação foi divulgada nesta terça, 31, nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desemprego recuou um ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 8,7%. Trata-se da menor taxa de desemprego desde o trimestre móvel terminado em fevereiro de 2015, em quase uma década.
Já a população ocupada (99,8 milhões) cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 0,6%, na comparação com o mesmo período de 2022. É o maior contingente de empregados desde o início da série histórica, em 2012. Em números absolutos, isso corresponde a quase 1 milhão (929 mil) pessoas a mais trabalhando no país, sendo que mais da metade (587 mil) foi contratada com carteira de trabalho assinada.
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Em números absolutos, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais no trimestre. A taxa de informalidade chegou a 39,1%, ficando estável na comparação com o trimestre anterior.
Em comparação com o trimestre móvel anterior, segundo o IBGE, houve aumento da população ocupada no segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,5%). Os demais grupos não apresentaram variação significativa.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, afirmou que os números consolidam a recuperação do mercado de trabalho no cenário pós-pandemia. Ela disse:
“Em relação ao trimestre móvel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal”.