Eumar Novacki, advogado de defesa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, falou hoje, 12, à imprensa numa coletiva. Novacki afirmou que não trabalha com a hipótese de um acordo de delação premiada.
O advogado afirmou:
“Não existe possibilidade de delação. O que Anderson vai fazer é cooperar para esclarecer o mais breve possível os fatos que levaram ao 8 de janeiro”.
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Anderson Torres foi libertado ontem por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele ficou quase quatro meses preso na sede da Polícia Federal em Brasília, por suposta omissão e conivência com os atos de vandalismo e destruição de 8 de janeiro.
O tom de Novacki também foi de conciliação com o STF. O advogado disse:
“Quando surgiram aqueles atos do dia 8 de janeiro, que sem sombra de dúvidas deixaram uma mancha na história política brasileira, o STF agiu com a energia necessária para conter a escalada de violência”.
A defesa ainda afirmou que voltar para casa e encontrar as filhas foi positivo para a saúde de Torres, que alegou estar sofrendo de depressão e ter tido pensamentos suicidas durante o período de prisão. Ele perdeu 12 kg na cadeia e recebe acompanhamento psicológico e psiquiátrico. O advogado espera que a liberdade ajude o cliente a deixar de tomar os remédios de que necessita hoje.
Torres também é investigado é investigado em inquérito sobre operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do segundo turno das eleições, em estados do Nordeste do país. O inquérito visa determinar se as operações dificultaram o acesso dos eleitores às urnas, em estados e cidades onde o presidente Lula teria maioria das intenções de votos.
