O Senado Federal chegou nesta sexta-feira (8) ao número mínimo regimental necessário para o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a corrupção no Ministério da Educação.
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A Comissão de Educação do Senado realiza audiências para apurar o beneficiamento indevido na destinação dos recursos da Educação. A apuração ocorre após a imprensa ter divulgado áudios em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro afirma priorizar municípios administrados por prefeitos vinculados aos pastores na liberação de recursos do Fundo Nacional da Educação (FNDE).
Prefeitos afirmaram à Comissão de Educação do Senado que os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos pediram propina de até R$ 40.000 por município para facilitar a liberação de dinheiro durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro no MEC.
Os pastores envolvidos no caso, Gilmar Santos e Arilton Moura foram convidados a falar na audiência pública do Senado sobre a suspeita da oferta de propina para liberação de verbas do MEC, mas não compareceram na comissão.
Após esse não comparecimento dos pastores, o presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro (MDB-PI), indicou a instalação de uma CPI.
“Sim, vai ter CPI. A educação é o futuro do país, nós não podemos brincar com isso. Pastores se beneficiando com o dinheiro público é uma vergonha. Propina é crime e vamos punir seja quem for”, disse o presidente da Comissão de Educação.
O último parlamentar a assinar a lista de requerimento foi o senador Veneziano Vital (MDB-PB).
“Acabamos de assinar o requerimento para a instalação da CPI do MEC. Com nossa assinatura, foi alcançado o número regimental para a instalação. Sempre fui um defensor de investigações, em casos como este, para que se obtenha a verdade dos fatos. Não poderia ser diferente agora”, disse o parlamentar pelo Twitter.
A comissão já tem 27 nomes, o mínimo necessário para dar andamento ao pedido de abertura das investigações.