Um balanço das operações das Forças Armadas, Polícia Federal (PF) e órgãos do governo para destruir a infraestrutura do garimpo ilegal mantida na Terra Indígena Yanomami, situada nos estados do Amazonas e Roraima, foi divulgado nesta sexta (12/04), e diz respeito aos dias 4 de março a 10 de abril.
Segundo as informações, foram descartados 38,4 mil litros de óleo diesel e 6,6 mil litros de gasolina de aviação, combustíveis que seriam usados pelos criminosos. Foram também apreendidas 24 antenas Starlink. Segundo o governo, o equipamento, fabricado pela empresa do bilionário Elon Musk, é utilizado no garimpo ilegal para facilitar a comunicação em locais isolados.
Um piloto de um helicóptero destruído pelo Exército foi preso durante a operação. A Justiça Federal manteve a prisão. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou a fiscalização de 121 aeronaves, com duas apreensões. Também foram destruídas 12 balsas e apreendidas outras três.
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Também foram destruídos 200 motores, 36 geradores de energia e 49 acampamentos. A operação ainda identificou 180 pistas de pouso clandestinas e destruiu quatro aeronaves.
A operação ainda apreendeu 7,3 mil kg de minério de cassiterita, e mais de 114 quilos de mercúrio, material usado para separar o ouro da lama e outros resíduos. Mercúrio é extremamente tóxico para os seres humanos e para a natureza.
Segundo dados do Ibama, foram apreendidos equipamentos da Starlink, provedora de internet via satélite de Musk, em pelo menos 20 garimpos ilegais na Amazônia nos últimos 12 meses. Foram 32 antenas da Starlink encontradas em operações contra o garimpo entre abril de 2023 e março de 2024.
Agentes do órgão estimam, no entanto, que quase todos os garimpos ilegais aderiram à Starlink no último ano.
Com informações de UOL