O corpo de uma mulher, identificada como Jenni Rangel, 28, foi encontrada neste sábado (6) na Terra Yanomami. Com a mulher, que tinha sinais de violência, são 14 mortes violentas em uma semana no território. Até o momento, eram 12 garimpeiros e um indígena.
O corpo da mulher foi encontrado em uma cratera onde, nesta semana, oito garimpeiros foram assassinados, na região da comunidade Uxiu, uma área que tem forte presença de garimpo. A mulher foi visualizada durante sobrevoo do helicóptero da Força Nacional. Em seguida, a Polícia Federal (PF) foi acionada.
De acordo com informações, Jenni Rangel estava despida, tinha sinais de violência sexual e de enforcamento. O corpo foi removido para o Instituo Médico Legal (IML), em Boa Vista, pela PF e Bombeiros.
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Os investigadores suspeitam que a mulher, venezuelana, trabalhava para garimpeiros pode ter sido morta no mesmo ataque que resultou nas mortes de oito garimpeiros, também encontrados mortos no local.
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Semana com 14 mortes
No sábado (29) garimpeiros armados atacaram comunidade Uxiu. Três indígenas foram baleados e um deles, que era o agente de saúde Ilson Xiriana, de 36 anos, morreu. Os outros dois seguem internados em Boa Vista.
Em outra região, garimpeiros atiraram contra agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama numa fiscalização em Waikás, no garimpo conhecido como “Ouro Mil”. Na troca de tiros, quatro garimpeiros morreram. Na segunda-feira (1º), foram encontrados oito garimpeiros mortos. Os corpos estavam dentro de uma cratera próxima da comunidade Uxiu.
A Terra Yanomami, que é maior território indígena brasileiro, enfrenta uma crise sanitária, causada pela forte presença de garimpeiros. Atualmente, o governo federal atua na região em duas frentes: com serviços de saúde e na repressão aos garimpeiros.