Novas informações do Censo 2022 foram divulgadas nesta sexta-feira (22/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com os dados, o número de brasileiros que se declaram pardos cresceu 11,9% desde 2010, passou o de brancos e se tornou o maior grupo racial do país pela primeira vez, com 45,3% da população.
Em números absolutos, são 92,1 milhões de pessoas se autodeclarando pardas.
A população que se declara preta também cresceu – hoje 10,2% dos brasileiros se dizem pretos –, assim como a de indígenas (0,8% dos brasileiros assim se identificam).
E a parcela dos que se dizem brancos diminuiu, em linha com o que acontece desde 2000, e passou a ser o segundo maior grupo, com 43,5% da população. São 88,2 milhões de pessoas catalogadas como brancas.
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A de amarelos também recuou, para 0,4%, e voltou ao mesmo patamar de 30 anos atrás.
Pretos e pardos juntos são classificados como negros, que agora representam 55,5% da população. A fatia corresponde a 112,7 milhões de brasileiros.
Por estados
- O Pará é o estado em que mais pessoas se declararam como pardas: 69,9%.
- O Rio Grande do Sul é o estado com maior percentual de pessoas que se autodeclaram brancas (78,4%).
- A Bahia, proporcionalmente, é o estado com maior número de pretos do Brasil: O percentual é de 22,4%. Apenas 19,6% se consideram brancos.
Por regiões
Os pardos são a maioria da população Nordeste (59,6%), do Norte (67,2%) e do Centro-Oeste (52,4%).
Os brancos são a maioria na região Sul (72,6%), e quase a metade da população do Sudeste (49,9%).
As regiões com maiores concentrações de população preta são o Nordeste com 13% e o Sudeste, com 10,6%.
Já os amarelos têm maior concentração no Sudeste (0,7%) e Sul e Centro-Oeste, com 0,4%, mesmo peso relativo nacional.
A autodeclaração
A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda ou indígena (há a opção de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados responderam desse modo).
*Com informações de G1 e UOL