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Caso Bruno e Dom: réus se recusam a responder perguntas sobre os crimes

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A Justiça Federal volta a ouvir nesta quinta-feira, 27, os três réus acusados de participação nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado; seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, o Dos Santos, e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, decidiram não responder perguntas sobre os crimes, mas falaram que sentem falta da família.

Os réus prestaram depoimento ao juiz da Subseção Judiciária de Tabatinga (AM), onde corre o processo por duplo homicídio e ocultação de cadáveres. Como os réus estão detidos preventivamente em presídios federais, em outros estados, eles foram ouvidos em audiência online, com a participação de seus defensores e membros do Ministério Público Federal (MPF).

Depoimentos

(Fotos: Reprodução)

O primeiro a ser ouvido foi Amarildo e seguida Jefferson e Oseney.

Amarildo da Costa de Oliveira, de 42 anos, declarou que sabe o motivo pelo qual está preso, mas negou o crime, e disse que ficaria em silêncio.


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Preso em um presídio federal no Paraná, Amarildo disse ainda que está há quase um ano sem ver a família e advogados.

Na audiência, o Ministério Público Federal (MPF) lembrou que Amarildo já confessou o crime para a polícia.

Jefferson da Silva Lima, de 32 anos, foi o segundo réu a ser ouvido durante o depoimento. Ele alegou não ter condições financeiras e que sente muita falta da família. O acusado disse, ainda, que não sabe o porquê de estar em um presídio federal e que não tem ciência das acusações. Jefferson confirmou que tem três filhos e que morava no município de Benjamin Constant, no Amazonas.

O MPF não chegou a fazer perguntas após as respostas dadas pelos réus ao juiz.

Oseney de Costa de Oliveira foi o último a depor. Ele também preferiu se manter em silêncio. Disse que só falaria com a defesa pessoalmente.

Depoimentos anteriores 

Em março deste ano, a Justiça precisou suspender os depoimentos dos três réus devido à interrupção da conexão com a internet nos presídios federais de Catanduvas (PR) e Campo Grande (MT). A oitiva foi remarcada para o dia 17 de abril, quando voltou a ser adiada, desta vez a pedido da defesa, que solicitou que seus clientes fossem ouvidos em videoconferência reservada.

Amarildo, Jefferson e Oseney foram ouvidos pelo juiz federal Fabiano Verli em 8 de maio. Cabe ao magistrado, com base nas provas reunidas e nos depoimentos de testemunhas e dos réus, decidir se o julgamento irá a júri popular.

Sobre o caso

Bruno e Phillips foram mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de emboscada, quando viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas. Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial). A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo.

A dupla foi vista pela última vez enquanto se deslocava da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram resgatados dez dias depois. Eles estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí.

Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava a cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia. Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional do Índio (Funai) antes de se licenciar da fundação, sem vencimentos, e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.

Identificados e detidos, Amarildo, Jefferson e Oseney foram denunciados por assassinar e ocultar os cadáveres das vítimas. Na denúncia, feita em julho de 2022, o MPF aponta que, inicialmente, Amarildo e Jefferson admitiram os crimes, embora posteriormente tenham mudado seus depoimentos. Ainda assim, para os procuradores, “os elementos colhidos no curso das apurações apontam que o homicídio de Bruno teria correlação com suas atividades em defesa da coletividade indígena. Dom, por sua vez, foi executado para garantir a ocultação e impunidade do crime cometido contra Bruno”.

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