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Brasileiro da Yakuza condenado por sequestro e homicídio no Japão é preso em SP

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Neste domingo (10/03), o brasileiro Alexandre Hideaki Miura, que já foi acusado de ligação com a Yakuza, máfia japonesa, foi preso pela Polícia Militar (PM) de São Paulo após ter sido condenado pela Justiça brasileira pelo sequestro e morte de um empresário no Japão em 2001. A máfia japonesa atua, por exemplo, junto a jogos de azar, tráfico de drogas, prostituição, agiotagem e extorsão.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a ocorrência foi conduzida à Superintendência Regional da Polícia Federal.

Alexandre tem 46 anos e era conhecido como Bu-Yanou Jumbono Japão.


Entenda

Em 2022, Alexandre recebeu a pena de 30 anos de prisão em regime fechado por participar do crime de extorsão mediante sequestro com morte com mais três brasileiros e cinco japoneses que pertenciam à Yakuza. Eles são acusados de se disfarçar de trabalhadores da construção civil para sequestrar, agredir, balear e concretar Harumi Inagaki emNagoya, no Japão.

A vítima levou golpes com tacos de beisebol, golfe, chave de rodas, pé de cabra e tomou dois tiros. A esposa dele, Takako Katada, foi baleada no pescoço pela quadrilha, mas sobreviveu.
Os criminosos colocaram o corpo de Harumi num barril repleto de cimento, que depois foi jogado num rio da cidade. O cadáver só foi descoberto pelas autoridades japonesas depois que parte dos investigados confessou o crime.

De acordo com as investigações, Harumi era dono de casas noturnas e também estava envolvido com a Yakuza. Ele foi morto por vingança movida por desavenças com a organização criminosa. O bando decidiu ainda extorquir dinheiro dele e da família.

Dois brasileiros, Alexandre e Marcelo Yokoyama, foram identificados pela polícia japonesa em conexão com a máfia local. Após o crime, eles extorquiram dinheiro da família da vítima e retornaram ao Brasil. Devido à legislação que não permite a extradição de cidadãos brasileiros, as autoridades japonesas enviaram o processo traduzido para o português às autoridades brasileiras. Assim, a investigação contra Alexandre e Marcelo prossegue com a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Justiça Federal em São Paulo.
*Com informações G1

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