O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja nesta semana a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para a 28ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP28). A conferência ocorre num ano marcado como o mais quente da história, e no qual as queimadas na Amazônia ganharam as manchetes mundiais.
A participação do Brasil será crucial, também, para preparar o terreno para a COP30, que vai acontecer na Amazônia em 2025.
O evento terá cerimônia de abertura em 30 de novembro, seguido das manifestações de 138 chefes de Estado confirmados – uma introdução para os 10 dias de negociações que se seguem.
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Os grandes temas a serem discutidos seriam a redução da emissão de gases do efeito estufa, transição energética, proteção diante de eventos climáticos extremos e desigualdade de gênero. E o objetivo mais ambicioso da conferência é colocar o planeta no rumo do cumprimento do Acordo de Paris, freando as emissões de gases que causam as mudanças climáticas.
A avaliação do governo federal é que o Brasil chega a Dubai em uma situação interna “muito confortável”, diante dos índices de redução de desmatamento alcançados nos últimos meses. A secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, afirmou:
“A gente chega nessa COP mostrando os bons feitos e resultados dos últimos anos. Tivemos 49,5% de queda do desmatamento, de janeiro a setembro deste ano”.
Porém, organizações ambientais avaliam que as propostas do governo brasileiro ainda são insuficientes. André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), afirma:
“Nós temos de achar um novo modelo de desenvolvimento que se adeque à necessidade do planeta de manutenção de cobertura vegetal nativa ou de cobertura vegetal restaurada”.
Ao longo das negociações, a conferência terá como fio condutor o primeiro global stocktake (balanço global, em português), mecanismo que avalia o progresso de países-membros no cumprimento das metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris. O balanço desta conferência será avaliado na COP29, e na COP30, na Amazônia, os países signatários deverão apresentar, com base nas propostas acordadas, novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês). Ou seja, metas para a mitigação das mudanças climáticas, como a redução das emissões de gases do efeito estufa.
Com informações de Metrópoles.
