A Força Aérea Brasileira (FAB), deu início à sua primeira missão aérea de combate aos incêndios no Pantanal, utilizando a aeronave KC-390 Millennium, que tem capacidade de lançar 12 mil litros d’água, para enfrentar as chamas que devastam a região.
O governo do Mato Grosso do Sul, afirmou que a situação no Pantanal é crítica e decretou estado de emergência em decorrência aos incêndios florestais que se espalham pela região.
O decreto, válido por 180 dias, busca permitir ações mais rápidas e eficazes, incluindo a evacuação de áreas e a utilização de propriedades privadas em casos de risco iminente.
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a seca vem contribuindo pelo aumento dos focos de incêndio. As bacias afluentes às estações de medições fluviométricas em Ladário e Porto Murtinho estão em condições de seca hidrológica.
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Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, evidenciou a gravidade da situação, considerando os incêndios no Pantanal como “fora da curva” e uma das piores já vistas no bioma. Já foram registrados só nesse semestre mais de 3 mil focos de incêndio na região.
“Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa, e isso, junto com a ausência da cota de cheia e a influência dos fenômenos El Niño e La Niña, faz com que tenhamos uma grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão, causando incêndios de uma magnitude sem precedentes”, afirmou Marina Silva.
Um dos pontos que Marina ressaltou foram os incêndios provocados por criadores de gado para renovação de pastagem que são um dos principais causadores das queimadas, classificando a prática como criminosa. Para conter a situação, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul proibiram esse tipo de manejo até o final do ano.