Dia de movimentação nos bastidores de Brasília: parece cada vez mais iminente o afastamento do ministro da Educação Milton Ribeiro, envolvido na semana passada em denúncia de que sua pasta liberaria verbas do ministério para prefeitura indicadas por dois pastores evangélicos, e que ambos cobravam propina para isso.
Segundo o blog do comentarista do G1 Valdo Cruz, o presidente Jair Bolsonaro foi convencido a afastar Ribeiro, e a preferência é pela demissão.
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Desde que o jornal Folha de S. Paulo divulgou áudio do ministro informando que repassava verbas do ministério a prefeituras indicadas pelos pastores Gilmar Silva e Arilton Moura, prefeitos já fizeram denúncias ao Ministério Público sobre o caso – incluindo de que o pastor Arilton teria pedido propina em ouro. A Procuradoria-Geral da República já abriu inquérito a respeito do caso.
Lideranças evangélicas ligadas ao governo, como o deputado federal Marco Feliciano (PL), também pediram o afastamento do ministro.
A decisão de Bolsonaro pela saída do ministro pode ser anunciada ainda nesta segunda-feira (28), segundo interlocutores próximos ao presidente. Interinamente, deve assumir a pasta o secretário-executivo, Victor Godoy Veiga.
Na sua última live, dia 24, o presidente Bolsonaro afirmou que “colocava a cara no fogo” por Ribeiro.