A agência de viagens 123milhas anunciou na manhã desta segunda-feira, 28, a demissão em massa de funcionários. Segundo a empresa, a redução do tamanho da equipe é parte de um plano de reestruturação, mas não divulgou o número de desligamentos.
Em nota, a 123milhas informou que iniciou hoje, um plano de reestruturação interna, com redução do tamanho da equipe para se adequar ao novo contexto da empresa no mercado. Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira.
Leia comunicado
“A Hotmilhas informa que, por conta de uma forte queda das vendas de sua controladora, a 123milhas, atrasou o pagamento a clientes previsto para 25/08 e suspendeu temporariamente o serviço de compra de milhas em sua plataforma. A empresa está fazendo todos os esforços possíveis para regularizar a situação e honrar os compromissos firmados. A Hotmilhas é referência no mercado e espera contar com a confiança de seus clientes para superar essa situação.”
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Além das demissões, a HotMilhas, empresa do grupo, suspendeu a negociação de milhas aéreas. A companhia, que pertence ao grupo, declara que atrasou o pagamento a clientes previsto para sexta-feira, 25, e interrompeu temporariamente o serviço de compras em sua plataforma. O site da HotMilhas já exibe a mensagem da suspensão logo na página inicial.
Agência suspendeu a emissão de passagens e pacotes flexíveis em 18 de agosto. A linha Promo, em que o cliente paga mais barato por uma viagem sem saber as datas de ida e volta, foi interrompida após a 123 Milhas dizer que a taxa de juros elevadas e passagens aéreas mais caras eram dificultadores. De acordo com a empresa, esse produto é responsável por 7% dos embarques da agência em 2023.
Com a decisão, a empresa oferece vouchers aos clientes. A iniciativa foi criticada pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e o Procon-SP, que cobraram respostas da empresa. A Senacon avalia abrir um processo administrativo caso a agência não devolva o dinheiro de consumidores afetados pela suspensão de pacotes de viagens já pagos. A multa pode chegar a R$ 13 milhões.