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Animais peçonhentos: Escorpiões e aranhas lideram em número de acidentes no Brasil

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O Ministério da Saúde divulgou nesta terça (1º/10) dados epidemiológicos sobre acidentes com animais peçonhentos no país. Segundo a pasta, o Brasil registrou 341.806 acidentes com esses animais ao longo de todo o ano de 2023.

Veja abaixo as espécies que mais causaram acidentes:

Escorpiões

Os escorpiões são os responsáveis pelo maior número de notificações de acidentes com animais peçonhentos no Brasil. O Ministério da Saúde contabilizou, a partir de dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), 195.645 acidentes do tipo somente em 2023, com 152 mortes. São Paulo foi o estado que mais registrou acidentes.

Em praticamente todos os casos, a dor no local da picada é instantânea. Entre duas e três horas após o envenenamento, pode acontecer sudorese profusa (suor em excesso), agitação psicomotora, tremores, náuseas, aumento da saliva, alterações na pressão arterial, arritmia cardíaca, edema pulmonar agudo e choque. A pasta alerta que as crianças são o grupo mais suscetível a acidentes com escorpiões.

Como prevenção, pode-se citar medidas simples, como: não deixar frestas e buracos em paredes, fechar assoalhos e vãos entre o forro e a parede, evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão, não pendurar roupas nas paredes, consertar rodapés despregados e manter as residências livres de lixos, entulhos e folhas secas.


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Aranhas

Com 43.119 notificações em 2023, acidentes com aranhas causaram a morte de 34 pessoas no último ano.

Segundo o Ministério da Saúde, as aranhas dos gêneros Loxosceles, conhecida como aranha-marrom ou violinista, Phoneutria, popularmente chamadas de aranha-armadeira ou macaca e o Latrodectus, as famosas aranhas viúva-negra, estão entre as consideradas “de importância em saúde pública”, pela potencial gravidade de sua picada.

Abelhas

Aparentemente inofensivas, as abelhas foram responsáveis por 32.875 acidentes no Brasil em 2023, provocando 123 mortes. O aumento no volume de notificações do tipo é crescente desde 2021.

Em um enxame, as primeiras abelhas a picar um invasor liberam um feromônio (substância produzida e secretada por um animal, que tem como alvo outro indivíduo da mesma espécie) que faz com que outras abelhas ataquem o mesmo alvo, podendo provocar um acidente com centenas e até mesmo milhares de picadas. A reação no organismo que recebeu o veneno, geralmente, varia de acordo com o volume de toxina injetado. Quanto mais abelhas picam um mesmo alvo, maior a chance do resultado ser grave.

Serpentes

Em 2023, foram contabilizados 31.725 acidentes com serpentes no Brasil, sendo que 138 pessoas morreram por conta da picada deste tipo de animal no período. O estado do Pará apresentou o maior número de acidentes, com mais de 5.200 notificações.

A maioria dos acidentes causados por cobras é causada por espécies da família Viperidae, dos gêneros Bothrops e Bothrocophias, entre elas a jararaca. O grupo é o mais presente no Brasil, com cerca de 30 espécies em território brasileiro. As cascavéis, a sururucu e as corais-verdadeiras também fazem parte das serpentes peçonhentas de importância de saúde pública no Brasil.

Lagartas

Com 6.906 notificações de acidentes, quatro mortes foram registradas por conta de envenenamento por lagartas no Brasil em 2023. Entre os animais peçonhentos citados pelo Sinan, a lagarta representa o menor número de acidentes e óbitos.

O contato com a lagarta causa queimadura na vítima. Na maioria dos casos, os acidentes do tipo evoluem de forma positiva, mas as lagartas do gênero Lonomia podem, a partir do veneno liberado pelas cerdas urticantes, causar hemorragias na vítima.

Em caso de acidentes com animal peçonhento, o Ministério da Saúde recomenda:

  • Lavar o local machucado com água e sabão.
  • Não utilizar gelo.
  • Procurar imediatamente atendimento num posto de saúde, ou chamar Samu ou Bombeiros.
  • Caso seja possível, tirar foto do animal que realizou ataque, para ajudar os médicos a identificarem a espécie e propor mais rapidamente um tratamento adequado.

*Com informações do UOL.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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