O ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, Anderson Torres, ficou em silêncio durante seu depoimento hoje, dia 18, à Polícia Federal. Uma equipe da PF chegou às 10h (Horário de Brasília) de hoje ao 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Guará, onde Torres está preso, para colher seu depoimento.
No entanto, o ex-ministro afirmou que não tinha declarações a falar aos investigadores. A equipe da PF deixou o local pouco antes das 12h.
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Torres foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e teve a prisão decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, após os atos de destruição e terrorismo cometidos em Brasília no último dia 8. Moraes o considerou omisso e conivente com o vandalismo. Ele não se encontrava no Brasil e foi preso no fim de semana, assim que retornou. Durante operação de busca e apreensão em sua casa pela PF, agentes encontraram um rascunho de documento num dos armários do ex-ministro no qual se propunha uma intervenção no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para reverter o resultado a eleição presidencial deste ano.
A PF ainda apura as circunstâncias da elaboração desse documento. Torres negou sua autoria e disse que o documento iria ser destruído.
No batalhão, Torres está numa cela com beliche e tem acesso a uma antessala com sofá, supostamente em mau estado de conservação. Tem acesso a banheiro e a um frigobar. Relatório da PF aponta que, na sua estadia, o ex-ministro solicitou atendimento psicológico.