Ricardo Rocha Falco, amigo do ex-jogador de futebol Robinho e também envolvido no crime de estupro que resultou na sua condenação a nove anos de prisão pela Justiça da Itália, se apresentou à Polícia Federal (PF) de São Paulo na noite desta sexta-feira (7/6). O mandado de prisão de Falco foi expedido no mesmo dia.
A prisão ocorreu após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar, na quarta-feira (5), que ele cumpra imediatamente a pena no Brasil pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher de origem albanesa, hoje com 32 anos.
Ainda neste sábado (8), ele passará pela audiência de custódia e depois será encaminhado a alguma unidade do sistema prisional. A expectativa é que Falco seja levado para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, a mesma em que Robinho está cumprindo pena.
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O advogado de Falco falou brevemente à imprensa. Ele disse que vai entrar com pedido de habeas corpus para o seu cliente, e também declarou:
“A decisão já era esperada, ele já recebeu essa notícia de que seria expedido o mandado de prisão quando foi expedido o do Robinho. […] Lógico que ninguém recebe uma notícia assim tranquilamente, mas ele estava ao lado da família o tempo todo de prontidão. Ele disse que assim que o mandado de prisão fosse expedido, ele iria se apresentar”.
Entenda o caso
Robinho foi condenado a nove anos de prisão em 2017 pela Justiça da Itália, por participar de um estupro coletivo. Ele teria estuprado, junto com outros cinco homens, uma mulher albanesa em uma boate em Milão, na Itália. O crime ocorreu em 2013, quando o ex-atleta jogava pelo Milan.
Ao ser condenado, ele já estava morando no Brasil, e a legislação brasileira não permite extradição de um cidadão para outro país. Em fevereiro de 2023, o governo italiano pediu a homologação da decisão da Justiça do país que condenou o ex-jogador — o que permitiria que Robinho cumprisse a pena no Brasil. Em março deste ano, o STF decidiu pela homologação da condenação italiana.
Falco e Robinho foram os únicos condenados pela Justiça da Itália em todas as instâncias. Os outros amigos de Robinho não foram julgados. O motivo é que eles estavam no Brasil quando as investigações começaram na Itália.
A expectativa é de que Robinho passe ao menos três anos no regime fechado.
*Com informações de G1