A companhia mineradora Braskem foi multada nesta terça (5/12) em R$ 72 milhões pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas. A multa se deve aos danos ambientais e à situação de risco em cinco bairros de Maceió, a capital alagoana, ameaçados de afundar devido ao iminente colapso da mina 18 de sal-gema, administrada pela mineradora.
A área já havia sido objeto de um estudo do instituto, que constatou o dano ambiental. A autuação diz que a empresa teria contrariado a licença de operação, que determinou que “toda e qualquer anormalidade deveria ser informada ao órgão”.
Leia mais:
Após redução no ritmo, afundamento de solo em Maceió volta a acelerar
Braskem cancela participação na COP28 após agravamento de crise em Maceió
A empresa tem 35 minas na região, que foram usadas na extração do sal-gema até 2019. Desde 2018, a Braskem acumula Braskem acumula 20 autuações por parte do IMA, incluindo a multa mais recente. Segundo o IMA, o primeiro sinal de obstrução da mina 18 foi identificado em 7 de novembro deste ano, durante um exame de sonar.
Desde a semana passada, cerca de 50 mil pessoas tiveram de ser evacuadas de suas casas pelo risco de afundamento do solo.
Enquanto isso, no início da tarde de hoje, a Defesa Civil de Maceió informou que está em alerta, o que indica uma redução no nível de operações, já que desde quinta (30), estava em alerta máximo. A velocidade de afundamento da região próxima à mina 18 voltou a aumentar nesta terça, e está em 0,27 centímetros por hora. Ontem estava em 0,25 cm/h. Na sexta (1º), era de 2,6 cm/h; e chegou a 5 cm/h nos momentos mais críticos.
Mesmo com esse indicativo de aumento na velocidade do afundamento, a Defesa Civil de Maceió optou pela diminuição no nível de alerta. No mais recente boletim, o órgão não cita mais risco iminente de colapso, como vinha fazendo nos seus últimos comunicados. A área de risco continua interditada, e o tráfego da população continua expressamente proibido na região.
*Com informações de UOL.