Nesta quarta-feira (8), as Forças de Defesa de Israel (FDI) publicaram na plataforma X imagens da localização da produção e armazenamento de armas dentro de um prédio residencial no norte de Gaza, bem ao lado de um quarto infantil, próximo de escolas no bairro Sheikh Radwan.
A ação dos militares, que mostrou o avanço do Exército dentro da região de Gaza, foi acompanhada por uma equipe de reportagem da agência Reuters, que descreveu a região com destruição e desolação um mês após o início da campanha militar de Israel para expulsar o Hamas do enclave.
Ainda de acordo com a agência, todo o material gravado foi inspecionado pelas FDI, mas nenhum material foi removido.
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Na descrição dos jornalistas, todos os prédios à vista estão marcados pela batalha. Paredes foram destruídas, buracos de balas e estilhaços pontilham as fachadas, as palmeiras estão retalhadas e quebradas.
“Foram duas longas semanas de combates. Não é uma operação, é uma guerra”, disse o tenente-coronel Ido, vice-comandante da 401ª brigada. Ele não deu seu sobrenome. “Isso vai durar muito tempo, até que o Hamas não exista mais”.
O exército tem enviado inúmeros alertas pedindo que a população de civis deixem o norte de Gaza e se dirijam para o extremo sul do enclave. O coronel Ido disse que, quando chegaram a este aglomerado de edifícios, todas as famílias já tinham feito as malas e ido embora.
“Portanto, sabemos que todos aqui são nossos inimigos. Não vimos nenhum civil aqui. Apenas o Hamas”, disse ele, parado em um quarto de criança gravemente danificado, pintado de rosa.
Veja o vídeo:
Segundo as informações dos soldados israelenses, abaixo do apartamento da família havia dois andares de oficinas que eram usadas para fabricar armas, incluindo drones que foram descobertos em cinco caixas de madeira.
As oficinas continham tornos metálicos, ferramentas manuais e invólucros cinzentos, mas não foi possível verificar o que ali era feito.
Dados atualizados
De acordo com os últimos números divulgados na quarta-feira, 31 soldados israelenses foram mortos durante a ofensiva terrestre em Gaza e mais de 260 ficaram feridos. Autoridades palestinas dizem que 10.569 pessoas foram mortas pelas forças israelenses desde 7 de outubro, 40% delas crianças.
Estrondos e explosões podiam ser ouvidos à distância enquanto Israel avançava ainda mais na Faixa de Gaza. Os soldados sugeriram que eles estavam se movendo com cautela.
“Estamos conhecendo cada vez mais o inimigo. Em cada casa que entramos tentamos ter cuidado”, disse um soldado, que não revelou seu nome.
*com informações Agência Reuters