O Tribunal Superior da Romênia anulou, nesta sexta-feira (6/12), o processo eleitoral presidencial em andamento, citando irregularidades e interferência russa. O segundo turno, que seria realizado no próximo domingo (8), entre Calin Georgescu, de extrema-direita e pró-russo, e Elena Lasconi, de centro e pró-União Europeia, será repetido em data a ser definida pelo governo.
Documentos desclassificados revelaram ataques híbridos russos durante a eleição, além de manipulação de votos e irregularidades na campanha de Georgescu. Apesar de começar com baixa intenção de votos, ele subiu para o primeiro lugar após o primeiro turno, gerando desconfiança.
A decisão causou uma crise política no país. O atual presidente, Klaus Iohannis, cujo mandato termina em 21 de dezembro, anunciou que permanecerá no cargo até a eleição de um sucessor.
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Georgescu classificou a anulação como um “golpe oficial”, enquanto Lasconi criticou a decisão por ferir a democracia. O primeiro-ministro Marcel Ciolacu apoiou a medida, afirmando ser “a única solução correta”.
A unidade de combate ao crime organizado abriu uma investigação sobre a campanha de Georgescu, enquanto o Parlamento, que passou por eleições recentemente, segue com planos para formar um governo de coalizão pró-União Europeia.
A Romênia, membro da UE e da Otan, enfrenta incertezas políticas e protestos podem agravar ainda mais a situação.