Em buscas, a polícia encontrou ecstasy na casa do senador francês Joël Guerriau, de 66 anos. Ele foi detido na quinta-feira (16/11), em Paris, suspeito de drogar uma mulher, com a intenção de manter relações sexuais. De acordo com o jornal France Info, também foi realizada uma busca em seu gabinete no Senado, mas nenhuma droga foi encontrada lá.
Nesta sexta-feira (17/11), o Ministro da Transição Ecológica, Christophe Béchu, também secretário-geral do Horizontes, declarou no France Inter ao jornal francês que Joël Guerriau “obviamente não poderia ficar dentro” ao partido Horizontes. Ele anunciou uma reunião na manhã de sábado (18/11) onde será discutido o futuro do senador.
“Se for verdade, é terrível”, comentou.
Guerriau foi detido e colocado sob custódia policial por investigadores da 3ª Delegacia de Polícia Judiciária, no âmbito do inquérito aberto por crime em flagrante, um procedimento que dispensa a quebra da imunidade parlamentar do senador.
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Entenda o caso
O Ministério Público (MP) de Paris anunciou a queixa da vítima, “uma mulher”, e a promotoria não confirmou se a vítima seria uma deputada, enquanto várias fontes próximas do caso confirmaram à imprensa que seria uma parlamentar.
Segundo o jornal France Info, uma fonte próxima do caso, revelou que a deputada disse aos investigadores que foi convidada por Joël Guerriau para ir à sua casa parisiense na noite de terça-feira (14/11). Depois de tomar um drink, ela se sentiu mal e decidiu sair do apartamento.
No dia seguinte, a vítima testou positivo para ecstasy e apresentou queixa ao MP. Ela não mencionou nenhum fato sexual durante sua audiência.
Defesa do senador
A defesa do senador ficou “indignada ao ver que elementos da investigação vazaram para imprensa”.
“Então, ou o Ministério Público é responsável por isso e isso me escandaliza mais uma vez, ou o Ministério Público não tem nada a ver com isso. e então deve-se questionar a identidade do autor desta violação e investigar”, protestou Remi-Pierre Drai, advogado do senador,.
“Não darei qualquer informação profunda. não só porque estou vinculado ao sigilo da investigação, mas sobretudo por respeito ao meu cliente e à denunciante, cujo nome me surpreende que não seja divulgado, diferentemente do meu cliente”, acrescentou Drai.
Segundo o jornal, a pena para o crime seria de até cinco anos de prisão e € 75 mil (equivalente a R$ 396 mil) de multa.
Originalmente banqueiro, Guerriau foi eleito em 2011 para o Senado, onde exerce o cargo de secretário e vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores, da Defesa e das Forças Armadas. Ele representa a região de Loire-Atlantique, na costa oeste da França.
*com informações France Info