O Reino Unido lançou a campanha “Trocar para parar”, onde o governo oferece vapes para auxiliar um milhão de adultos fumantes de cigarros convencionais.
Segundo Debbie Robson, pesquisadora do Kings College London, a investigação que fizeram para o governo sobre os riscos da vaporização, como também sobre a eficácia da vaporização como método de interromper o tabagismo, levou a uma posição diferente na Inglaterra do que em outras partes do mundo.
Nesse sentido, a política de saúde do governo apoia o enorme potencial da vaporização para ajudar as pessoas a pararem de fumar cigarros comum. Apesar de menos nocivo à saúde, o governo britânico alerta que os dispositivos eletrônicos não são livres de riscos. Vale lembrar também que o consumo é totalmente proibido a menores de 18 anos.
A pesquisadora reforça que há “diretrizes clínicas que recomendam a vaporização para o tratamento de primeira linha para a cessação do tabagismo, bem como terapia de reposição de nicotina e outros auxiliares para cessação do tabagismo e apoio terapêutico.”
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A partir do estudo, o Ministério da Saúde Inglês reafirmou que os vaporizadores são 95% menos prejudicais do que os cigarros comuns, ou 20 vezes menos nocivos. O relatório descobriu ainda que os níveis de substâncias tóxicas, como o monóxido de carbono e compostos orgânicos voláteis, são iguais ou menores nos consumidores de cigarros eletrônicos do que em fumantes.
Debbie informou que em relação às pessoas que fumam cigarros normais, as que fumavam vape tinham níveis significativamente mais baixos de substâncias tóxicas nos seus corpos, portanto, substâncias que estão relacionadas com o câncer, com doenças cardiovasculares ou doenças respiratórias.
Proibido no Brasil
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública em 12 de dezembro. O órgão quer ouvir a sociedade civil sobre o tema, que terá até o mês de fevereiro para enviar suas contribuições. Os vapes são regulamentados em 80 países.
O consumo e a venda são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária desde 2009. O problema é que, como não há regulamentação, não se sabe quais substâncias estão presentes nesses cigarros, o que pode impactar ainda mais a saúde de quem consome.