A partir do papado de Francisco, os funerais dos papas sofrerão mudanças. As novas diretrizes, divulgadas em novembro do ano passado, foram publicadas na mais recente edição do Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, o livro litúrgico que rege as cerimônias fúnebres do pontífice. A revisão simplifica diversos rituais, impactando desde a confirmação do falecimento até o sepultamento final.
Uma das principais modificações é que, após o falecimento do papa, a confirmação não será mais feita no quarto do falecido, mas em uma capela privada. Além disso, o corpo será colocado em um único caixão de madeira com interior de zinco, substituindo os três caixões tradicionais de cipreste, chumbo e carvalho.
Outro ponto importante é que o corpo do papa ficará exposto para veneração na Basílica de São Pedro, mas de maneira diferente do que ocorreu em cerimônias anteriores. O caixão será aberto para essa veneração, sem a plataforma elevada usada anteriormente.
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Nas etapas seguintes, o caixão será fechado durante a missa exequial e, na última estação, será levado ao local de sepultamento. Pela nova norma, o sepultamento não precisa mais ocorrer na Basílica de São Pedro, abrindo a possibilidade de ser em outro local escolhido pelo papa. Francisco, por exemplo, já expressou seu desejo de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
O Ordo Exsequiarum também introduziu novos procedimentos para as “novendiais”, missas em sufrágio do papa falecido, que acontecem durante nove dias consecutivos após a missa exequial. As novas diretrizes tornam o livro mais ágil e acessível, com instruções litúrgicas mais claras.
Alta Papa Francisco
Papa Francisco, internado desde fevereiro para tratamento de pneumonia bilateral, recebeu alta no último domingo (23/3), após um mês de hospitalização. Aos 88 anos, ele continuará em repouso por pelo menos dois meses para recuperação completa.
*Com informações da Reuters