Após guerra civil, que devastou a Síria ao longo de 13 anos, rebeldes liderados pelo grupo jihadista Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) anunciaram a queda do regime de Bashar al-Assad e a capturada capital Damasco neste domingo (08/12). Com isso, encerra-se um governo que durou 24 anos, marcado por conflitos internos, a ascensão do Estado Islâmico e a devastação humanitária.
O paradeiro de Bashar al-Assad é desconhecido. Apesar do apoio militar recebido da Rússia e do Irã, o ex-presidente não conseguiu resistir à última ofensiva.
No poder desde 2000, Bashar al-Assad governou a Síria durante um dos períodos mais conturbados de sua história. A guerra civil, iniciada em 2011 após protestos contra seu regime, levou o país a uma devastação humanitária sem precedentes.
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Com o apoio de aliados como a Rússia e o Irã, Assad conseguiu retomar algumas regiões estratégicas e enfrentou adversários como o Estado Islâmico, que perdeu seu último reduto em 2019. Apesar disso, o governo enfrentava desafios crescentes, agravados pela recente ofensiva do HTS iniciada no final de novembro.
Em uma ação coordenada, os jihadistas do HTS e seus aliados capturaram cerca de 50 áreas por dia nas primeiras 96 horas da ofensiva. A conquista começou pela cidade de Aleppo, a segunda maior do país, e rapidamente se expandiu para outras províncias, incluindo Hama e Homs. Neste sábado (7/12), os rebeldes cercaram Damasco, culminando na queda do regime de Assad.
*com informações de Metrópoles e RFI