Uma investigação forense realizada no Peru considerou uma fraude a suposta origem extraterrestre das múmias de Nazca que foram exibidas no Congresso do México por iniciativa de um deputado governista, anunciou o Ministério Público nesta sexta-feira (12/01).
“A conclusão disso em termos simples: é uma fraude. Não são extraterrestres, não são uma nova espécie”, disse em coletiva de imprensa o arqueólogo Flavio Estrada, do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses.
Na realidade, eram bonecos montados com ossos de animais unidos com cola, explicou o funcionário do MP, ao apresentar as conclusões da investigação de três meses. De acordo com Estrada, o que “um grupo de pseudocientistas” exibiu no Congresso mexicano em setembro de 2023 sequer eram múmias.
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Na ocasião, em uma audiência convocada pelo deputado Sergio Gutiérrez, foram apresentados os supostos corpos de seres alienígenas encontrados no Peru, o que causou um grande alvoroço.
A mentira foi desmascarada pela promotoria peruana após a análise de duas supostas múmias muito semelhantes que foram apreendidas em outubro no aeroporto internacional de Lima antes de serem enviadas ao México.
Os supostos restos, cinzas e de 60 centímetros, estavam vestidos com trajes coloridos, como se fossem duas bonecas. As autoridades aduaneiras suspeitaram que poderiam ter origem pré-hispânica e tratar-se de um caso de tráfico de patrimônio cultural.
As duas falsas múmias são muito semelhantes àquelas mostradas em pequenos sarcófagos no Congresso mexicano pelo ufólogo e comunicador Jaime Maussan. Ele alegou, em setembro, que os corpos se pareciam morfologicamente com humanos e que teriam sido encontrados em 2017 entre as localidades de Palpa e Nazca, no sul do Peru.