Diante da escassez extrema de alimentos na Faixa de Gaza algumas famílias, em desespero, começaram a recorrer à carne de tartaruga como alternativa de proteína.
Majida, uma palestina de 61 anos, prepara um prato com carne de tartaruga para sua família, atualmente vivendo em uma tenda improvisada para deslocados em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
Após a retirada do casco, a carne é desfiada, fervida e preparada com cebola, pimentão, tomate e uma combinação de temperos.
“As crianças ficaram assustadas com a tartaruga, então dissemos que o gosto era tão bom quanto o da vitela”, conta Majida Qanan, enquanto acompanha o cozimento da refeição. “Algumas aceitaram comer, mas outras se recusaram.”
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A região sitiada e destruída pelo genocídio israelense que já matou quase 60 mil pessoas.
Após um ano e meio de guerra entre Israel e o Hamas — considerado um grupo terrorista por diversos países —, os 2,4 milhões de habitantes do território vivem uma crise humanitária grave.
Organizações humanitárias internacionais alertam que a fome deixou de ser uma ameaça e já se espalhou rapidamente por grande parte da região.
Desde 2 de março, Israel interrompeu o envio de ajuda humanitária, alegando que o Hamas estaria desviando os suprimentos. O grupo nega e acusa Israel de utilizar a fome como estratégia de guerra.
*Com informações de Folha UOL e AFP.