A organização da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris pediu desculpa pela representação de “A Última Ceia” encenada na última sexta-feira (26/07). O episódio foi muito criticado por cristãos.
O momento, com presença de artistas, dançarinos e drag queens, foi alvo de repúdio. A Igreja Católica da França, por exemplo, chegou a dizer que a cerimônia “incluiu cenas de zombaria ao Cristianismo”.
No último domingo (28), durante uma entrevista coletiva, a porta-voz dos jogos de Paris, Anne Descamps, disse nunca foi a intenção de desrespeitar o grupo religioso.
“Nunca tivemos a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. Pelo contrário, acho que tentamos celebrar a comunidade, a tolerância. Acreditamos que essa intenção foi alcançada. Se alguém se sentiu ofendido, é claro que lamentamos muito”.
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Thomas Jolly, diretor da cerimônia, em entrevista à BFMTV, explicou que a intenção era celebrar Dionísio, o deus grego da celebração. Ele enfatizou que “A Última Ceia” não foi a inspiração para a cena polêmica.
“Dionísio vem à mesa porque ele é o deus grego da celebração e essa sequência é chamada de ‘festival’”, disse ele.
“O deus do vinho, que também é uma joia francesa e pai de Sequana, a deusa ligada ao rio Sena. A ideia era criar uma grande festa pagã ligada ao deus do Olimpo, e vocês nunca encontrarão em mim, nem no meu trabalho, qualquer desejo de zombar de alguém”.