A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a ocorrência de surtos da psitacose na Europa, ocasionada pela bactéria intracelular obrigatória Chlamydophila psittaci, que pode ser altamente contagiosa e gerar Clamidiose tanto em animais como em humanos.
A doença é popularmente conhecida como “febre do papagaio” e até o momento cinco mortes foram confirmadas. As autoridades de saúde identificaram um aumento no número de casos da febre do papagaio em novembro do ano passado. Desde então, as notificações continuam estranhamente altas, quando comparadas à média histórica.
Para a OMS, apesar das mortes, a situação apresenta “baixo risco” para a saúde global. OMS explica ainda que está monitorando os casos e pacientes infectados e que ainda não se sabe as origens do atual surto. Ainda segundo a autoridade de saúde, o patógeno da psitacose é mais comum em aves selvagens, mas pode afetar as domésticas também.
“As infecções humanas ocorrem, principalmente, através do contato com secreções de aves infectadas”, explica a OMS. Em outras palavras, o risco de infecção aumenta para aqueles que são expostos a esses animais diariamente, como:
Avicultores;
Veterinários;
Proprietários de aves de estimação;
Jardineiros.
Sintomas da psitacose
Conforme a OMS, os sintomas mais comuns da febre do papagaio são:
Febre e calafrios;
Dor de cabeça;
Tosse seca;
Dores musculares.
Como os sintomas são inespecíficos, o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente. Após a identificação, o tratamento é feito com antibióticos, o que evita a evolução do quadro para a pneumonia e o óbito.
Doença afeta outros animais
Até o momento, a bactéria já foi identificada em mais de 450 espécies de aves. Além dos humanos, a zoonose pode afetar outros mamíferos, como cães, gatos, cavalos e porcos. Há relatos de répteis infectados.
Surto da doença na Europa
Neste ano, a Dinamarca lidera o número de notificações da febre do papagaio, com 23 casos positivos. Em seguida, estão os Países Baixos, com 21 infecções.
*com informações Canaltech