Após engrossar o discurso contra o Irã, Os Estados Unidos foi alvo de uma ameaça nesta quinta-feira (19/6), feita por uma milícia xiita Kataib Hezbollah, grupo fortemente ligado ao Irã. O recado foi direto: se os Estados Unidos se envolverem no confronto entre Israel e Irã, as bases militares americanas na região serão atacadas sem piedade.
“Se Washington entrar nessa guerra, Trump pode esquecer os trilhões que sonha tirar do Oriente Médio. Nossas forças já têm planos prontos para isso”, disparou Abu Ali al-Askari, chefe de segurança do grupo, em comunicado. Ele comparou as bases dos EUA a “campos de caça de patos”, sugerindo ataques em série e sem aviso.
A ameaça não parou por aí. O líder da milícia prometeu ainda fechar rotas estratégicas como o Estreito de Ormuz e a passagem de Bab-el-Mandeb, dois pontos fundamentais para o comércio mundial de petróleo. “Os portos do Mar Vermelho vão parar, e quem estiver nos céus pode esperar surpresas”, advertiu.
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O Kataib Hezbollah tem histórico de ataques contra os americanos. Em janeiro, foi apontado como responsável pelo ataque com drone que matou três soldados dos EUA e deixou mais de 30 feridos em uma base na Jordânia, próxima à fronteira com a Síria.
A tensão cresce enquanto Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, mantém o suspense. Ele declarou que ainda avalia, nas próximas duas semanas, se autoriza ou não a entrada americana na guerra.
Atualmente, os Estados Unidos mantêm cerca de 30 mil militares espalhados pelo Oriente Médio, com presença confirmada em Catar, Bahrein, Kuweit, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iraque e Síria. Só no Iraque, são 2.500 soldados, além de 2 mil posicionados na Síria. A maior base americana na região é a Al Udeid, no Catar.
As ameaças da milícia iraquiana acendem um alerta máximo no Pentágono. Caso o conflito escale, o Oriente Médio pode virar palco de uma guerra sem precedentes, com múltiplos fronts envolvendo Israel, Irã, milícias aliadas e, possivelmente, os Estados Unidos.